como iniciar um guarda roupa funcional. Desapegue-se!

Olá, hoje eu vou falar sobre como iniciar um armário funcional. O primeiro passo é: desapegue-se! Os meus passos são intuitivos e por isso não sigo um manual, vou colocar aqui como tem sido o meu processo.

Eu estou em um momento de recomeço de uma nova profissão e decidi que era hora de redescobrir o meu guarda roupa e construir o meu próprio estilo, de forma consciente. Passei um bom tempo longe dele – mães em tempo integral entenderão. Eu fiquei completamente absorta pelas tarefas que a maternidade traz que o meu armário ficou em segundo, terceiro, último plano. Meu uniforme era: regata ou camiseta básica, short jeans e havaianas. E rabo de cavalo, é claro!

Quando eu resolvia comprar alguma roupa, nem os meus mais de 10 anos de experiência em Moda me fizeram evitar a aquisição de peças equivocadas. E nada mais irritante do que fazer uma compra errada, não é?

Para alguns o meu armário possui muitos itens, para outros, pouco. Ele é o que eu tenho hoje e vou mostrar como eu tenho feito.

Desapegue-se!

Marie Kondo, especialista em organização e que vendeu milhares de livros sobre o assunto diz que a primeira categoria que deve ser organizada são as roupas.

Danuza Leão confessa em seu livro É Tudo Tão Simples que esvaziar um armário de roupas é das coisas mais difíceis que existem. E ela aconselha: não perca seu tempo guardando aquele vestido porque um dia vai emagrecer. Com o tempo, o corpo muda, passam-se os anos, e mesmo que ele tenha o mesmo peso, vai haver diferença.

Posso falar por mim e tenho que concordar com ela, depois que eu tive a minha filha eu passei a comprar calça um número maior. O peso não mudou, mas a forma sim.

Danuza continua: também não adianta guardar um blazer ou camisa branca, pois os cortes mudam, os ombros mudam. Quando você quiser outro blazer ou vestido básico, vai e compra um novo.

Eu confesso que tenho facilidade em desapegar, e é claro que eu já senti falta de algum item doado ou vendido, mas esse sentimento passou rápido. Por isso continuo desapegando.

Sigo alguns critérios e analiso os seguintes itens:

 

  1. itens desbotados, furados que não tem mais conserto

Pergunte-se: essa peça se encontra em boas condições? Pode ser consertada?

Se a peça está desbotada, ela já fez a sua função, ser usada por muitas vezes. O que também significa que ela deve ser muito querida para ser descartada. Pense se é essa a imagem que você quer passar. Comecei a reparar em roupas surradas e não gostei do que vi, então descartei e comprei outra parecida.

 

  1. cores

Pergunte-se: gosto destas cores? Elas combinam comigo?

Eu me especializei em coloração pessoal e fiquei obcecada por esse assunto.

No meu curso de especialização eu descobri as características do meu tom de pele, e consequentemente as cores que combinam com ela. A minha mente já entendeu a importância do uso das cores para uma aparência mais bonita e ela rejeita qualquer cor que não faça parte da minha cartela.

Eu quero muito ajudar você a descobrir as suas melhores cores e pretendo fazer mais um post sobre o assunto. Já abordei a coloração pessoal aqui, mas foi só um começo.

Outra forma de tentar descobrir quais são suas melhores cores é usar echarpes de várias cores – vale pedir emprestado – fotografar e analisar as imagens com um olhar crítico e analítico. Saber sobre a teoria da coloração ajuda muito.

Abaixo a minha cartela, estação Inverno Escuro, cores com ausência do amarelo. Produto elaborado e vendido por Studio Immagine, de Luciana Ulrich, minha querida professora e presidente da AICI Brasil, Associação Internacional de Consultores de Imagem.

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Cor é comparação, veja fotos minhas – cobaia! – e diga se concorda ou não, que eu devo evitar o amarelo e apostar no azul.

P.S: o teste de cor é feito sem maquiagem. Mas eu coloquei um pouco de base, só para não aparecer no meu blog e para as minhas milhares de seguidoras hahaha 🙂 de cara totalmente lavada!

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O macaquinho da esquerda é da Farm, comprei pois adorei o design tipo quimono. Mas usei uma ou duas vezes. Depois do teste de cor, entendi o porquê dele ficar esquecido no armário.

O da direita é da Eva, recém adquirido na liquidação e eu sei que este sim, usarei muitas vezes!

 

3. Modelagem

Pergunte-se: serve em mim? Está apertada? Ou muito larga?

Tenho peças básicas, como uma jaqueta e calça jeans que ficaram no armário justamente por esse motivo: se é básico, fica.

Mas o corpo muda, os desejos e as vontades mudam. A modelagem da jaqueta não é perfeita para mim – principalmente no ombro, então ela sai.

E o gancho das calças são mais curtos, de uma época em que a cintura baixa estava em alta. Com 30 anos, tudo bem, agora com 40, para mim já não dá mais. Não é regra de idade. É sobre mim.

Roupas apertadas também saem! Nesta categoria fazem parte dois vestidos pretos lindos (the little black dress) que eu amo, um da Animale e outro da Forum. Foi difícil, mas desta vez decidi desapegar deles.

 

  1. Estilo

Pergunte-se: eu me sinto bem com esta roupa?

Muitas vezes a gente compra roupa porque gostou da cor, viu a vendedora usando e achou lindo, estava chateada e precisava comprar algo para levantar o astral, era tendência e viu inúmeras vezes nas revistas e vitrines das lojas.

Mas será que combina com a gente?

Eu por exemplo, nunca fui muito fã de renda e não faço o estilo romântica ao me vestir. E tenho blusas assim que nunca usei. Pensei, por que diabos eu fui comprar isso? Nem Freud explica.

Descobrir o seu estilo vai ajudar no desapego e nas futuras compras também. A consultoria de imagem identifica 7 estilos universais, falo um pouco deles aqui.

 

  1. Funções

Pergunte-se: a peça de roupa serve para a vida que eu tenho agora?

Adoro um vestido longo mas por que será que usei pouquíssimas vezes o que eu tenho no armário? Praticidade. Sou uma pessoa dinâmica e uso muito o transporte público e o vestido longo não é prático no dia a dia. Ele pode ser usado em eventos sociais mas até mesmo neste tipo de evento eu acabei escolhendo outras opções do meu guarda roupa.

 

E o que fazer com as roupas que saíram do armário? Uma parte vai para a doação. E aquelas peças que custaram uma graninha considerável e por esse motivo é mais difícil desapegar, eu vendo. Vendi em consignação com um brechó, mas agora vou testar o site de vendas Enjoei, começando com o macaquinho da Farm deste post. Visite depois a minha lojinha! A intenção é que 50% do valor arrecadado em roupas seja doado para uma ONG ou instituição de caridade. Ajuda no desapego!

 

Espero que você tenha gostado. Se sim, deixe aqui um comentário. Até a próxima, e um beijo!

 

 

Imagem topo: https://www2.rad.co/fr

18 comentários

  1. Acho que é a segunda vez que paro pra ler um dos seus posts aqui no Pinterest, e amo, sempre haha a questão das cores com o tom de pele gosto demais e já me ajudou com o primeiro post que li. Vou passar na lojinha com certeza. E desapegar do guarda-roupas tbm hahaha. Bjoo

    • Oi Noemi, que honra a minha ter a sua visita! Feliz demais que meus posts estão ajudando e agradando as minhas leitoras. Se ainda não me segue no insta, dê um pulinho por lá, é @demaisestilo.com.brestilo, aonde eu apareço com mais frequência! Beijo!

  2. Esse ano, graças a ajuda virtual da Karol Stahr finalmente consegui montar meu guarda roupa funcional! Como facilitou minha vida!!!
    Quanto a vender roupas, tá aí algo que nunca rolou comigo, a peça pode ser novinha (mesmo que nunca a tenha usado)…eu prefiro doar. E é tão gostoso ver algo que você comprou, que te custou algo em outra pessoa e ficar ótimo na pessoa, sempre sou grata por ter “comprado” exatamente para aquela pessoa!

    • Oi Anna, que máximo saber que você conseguiu montar um guarda roupa funcional! Confesso que não conheço o trabalho da Karol Stahr, mas depois desta sua mensagem, vou procurar saber, obrigada por compartilhar seu aprendizado e conhecimento! Uma inspiração minha é outra Carol, do blog UNFANCY. Ah, sobre doar roupa, esta é sempre a minha primeira opção, tem uma igreja ao lado de minha casa que recebe várias doações. Mas tem algumas peças que escolho vender por acreditar que ela terá mais valor para quem comprar. Um beijo!

  3. Nossa amei suas dicas. Você foi muito transparente neste post que conseguir lê esse e mais outros. Eu sempre tive curiosidade de saber minhas cores e estilo. Acredito que eu seja outono. Quero mudar meu guarda roupa, sou basica do tipo calça e camisa ou regata e short. Não consigo usar saia ou vestido, talvez por me achar baixinha, e não gosto de saltos altos. Somente uso sapatilhas e tênis. Tenho muito que aprender ainda. Preciso de uma personal para isso?. Parabéns! Bjs.

    • Oi Lore! Tão bom receber comentários como o seu! Fico feliz e honrada por conseguir te ajudar com as minhas postagens! Um grande beijo! Denise

  4. Adorei as dicas e tenho um sério problema com apegos ainda ….. Sei que de uma forma ou de outra nossos estilos e gostos acabam mudando e estou trabalhando minha cabeça para me tornar uma consumidora mais consciente. Obrigada por compartilhar suas dxpeiencias. Bjssss

    • Oi Bruna, obrigada pela sua visita aqui no meu blog e também por deixar o seu comentário! Força amiga, é isso aí, você consegue! :). Beijo!

  5. Bom dia! Primeira vez que leio um texto tão completo, tão instrutivo! Acabo de perder minha Mãe, depois de longos anos cuidando dela e por isso, desconectei de mim mesma! Agradeço muito por sua generosidade! Não sabia por onde começar e seu post vai ser um guia! Gratidão imensa?

    • Oi Cássia! Primeiro, muito obrigada pelos elogios, que honra ter você aqui no meu blog. Meus sentimentos sobre a sua mãe, entendo o que você passou, minha mãe tem Alzheimer. Fico feliz que meu post vai ser um guia, nós mulheres nos envolvemos em tantas tarefas que é preciso resgatar, em algum momento, a nossa própria identidade! O mais importante, cuidar de si mesma! Um grande beijo!

  6. Muito necessário esse assunto. Eu sou uma pessoa que entende nada de moda e são posts como esse que me ensinam e fazem com que eu me esforce para melhorar. Adorei!!

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